"Ei Brasil-africano!
Minha avó era negra haussá,
ela veio da África,
num navio negreiro.
Meu pai veio da Itália,
operário imigrante.
O Brasil é mestiço,
mistura de índio, de negro, de branco”
(De Canto para Atabaque - Carlos Marighella)
Carlos Marighella nasceu em 5 de novembro de 1911 na cidade de Salvador. Seu pai era imigrante italiano, sua mãe uma negra, filha de escravos. Nas suas veias corria o sangue haussá, aqueles escravos islamizados que colocaram a Bahia em pé de guerra com suas inúmeras rebeliões no início do século XIX.
Durante sua vida de militante revolucionário e antinazifascista, Marighella foi preso e torturado diversas vezes e por muitos anos. Membro do comitê central do PCB, partido em que se afiliou em 1932, foi eleito Deputado Federal constituinte pelo PCB baiano em 1946 e em diversos momentos trabalhou como dirigente mesmo na clandestinidade ao qual seu partido foi lançado por diversas vezes ao longo do século passado. Foi um dos fundadores da corrente política Ação Libertadora Nacional (ALN) em 1968 e em 1969 participaria do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Por conta dessas ações revolucionárias, foi denominado, pela ditadura militar brasileira, de Inimigo Público número 1. Na noite de 4 de novembro de 1969, Marighella foi surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, sendo brutalmete morto a tiros por agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, notório torturador e homicida protegido dos ditatores militares, participante da Chacina da Lapa (operação do exército brasileiro no Comitê Central do PCdoB que culminou com a morte de três dos dirigentes do partido em 16 de dezembro de 1976) e investigado por envolvimento com tráfico de drogas e esquadrões da morte.
Talvez o poema Rondó da Liberdade, escrito pelo próprio Marighella, descreva com precisão o espírito libertário daquele que nunca se curvou diante às intempéries. Nas câmaras de tortura do Estado Novo, resistindo sozinho e baleado num cinema carioca ou diante de seus algozes numa alameda escura de São Paulo, ele parece sempre querer nos dizer:
“É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas”.
Aproveita e assista aos Racionais MCs em "Mil Faces de um Homem Leal (Marighella)" https://www.youtube.com/watch?v=5Os1zJQALz8
Assista também ao clipe do Samba-Enredo de 2016 da Batucada Popular Carlos Marighella https://www.youtube.com/watch?v=EE5DK4TF3_U
Observação: as fotos com modelos são meramente ilustrativas, não representando propriamente a camiseta vendida, é apenas uma forma de visualizar a arte em uma camiseta semelhante.
Percentual de encolhimento pós lavagem: Comprimento 4/7% Largura 3/5%.
Atenção: As medidas podem variar um pouco, até 3cm pra mais ou pra menos, mas nada que mude o quanto ela vai ficar legal em você!
Técnica de impressão: Silk Digital HD.
Composição: 100% algodão, meia malha penteada, costura reforçada, gola em ribana, 165g, fio 30.1.
Cores do produto: Como cada tela de computador ou celular tem seu próprio jeito de mostrar cores, então a cor da sua camiseta e da estampa pode ser um pouco diferente do que você viu online.